O Jaz Monumento é considerado uma anti-homenagem aos bandeirantes, pois para o povo da região missioneira, os bandeirantes não são considerados heróis. Intitulado “Jaz”, o trabalho de João Loureiro consiste numa escadaria que conduz a uma sala subterrânea. Do patamar inferior da escada, o turista vê, dentro de uma sala, uma pedra artificial e um fragmento (o “busto”) do que parece ser uma estátua agigantada de um “bandeirante”, cujo corpo estaria enterrado.
Como se sabe, os bandeirantes atacaram as Missões no século XVII, capturando os índios catequizados (considerados já “domesticados”) para a escravização nas plantações de cana de açúcar. No entanto, por uma série de razões combinadas – entre elas a descoberta do ouro em Minas Gerais, que atraiu a atenção dos bandeirantes, e a resistência armada de jesuítas e índios, autorizada pela coroa espanhola após longas negociações – os ataques cessaram, e as Missões sobreviveram por mais algumas décadas.
Se fala que quem visita o Jaz Monumento, divide suas culpas, enterra muito de suas males, de seus pecados.
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